Ai, Cristo!

Ai cristo... A pessoa só sabe escrever poesia falando sobre as próprias poesias e sobre como é ser poeta com o mais ralo dos vocabulários, em coisas que não acrescentam nada além de suspiros em tiazonas siririqueiras e fala que isso basta, que palavras complexas e significados subliminares cansam o leitor.

Caralho, que porra de acréscimo se tem com uma "arte" dessa? Textos atóxicos que são digeridos automatica e bovinamente é que não valem o desrespeito do desmerecimento da inteligência e do tempo do leitor.

Não é através do tocante "ai, amor e lírios, poesia e ar perfumado" que o intelecto humano vai progredir, que algum governo poderá ser derrubado, que o sistema insosso que cria robôs dia após dia poderá um dia ser subvertido.

O amor é importante, mas não levanta pau.

O amor é importante, mas não levanta o pau que serve de defesa.

E ataque.

O amor é importante. É sim. Mas, o que um nefelibata pode fazer, além de criar suas asneiras e andar em suas próprias nuvens fofas enquanto na realidade o caminho é cheio de espinhos e as almas são sugadas e cuspidas na forma de moedas?

Parafraseando o Damnus Vobiscum: É nessas que se diferencia o artista do designer.

Vou dormir.

24/04/2012 - 01h40m

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 24/04/2012
Reeditado em 18/08/2012
Código do texto: T3629973
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