Só com meus pensamentos
Quando, me pego só com meus pensamentos. Fico a imaginar ideias fúteis e sem nexo que me vêm de forma repentina na mente. Não faço o menor esforço para ordená-las, de maneira concisa, ou mesmo procuro meios para censurar-lás. Torno-me neste momento um mero e irrelevante espectador de mim mesmo. A observar mansamente os pensamentos, flutuarem livres e sem qualquer impedimento. Numa dessas minhas incursões deparei-me com uma dúvida, que me acometeu por instantes. Senti uma ponta e angústia e relativa desconfiança. A minha mente foi arrebatada por este questionamento profundo. Por que construímos barreiras imaginárias em torno de nós mesmo, que bloqueiam as relações interpessoais e intrapessoais. Muros de pedra bruta intransponível que não permite avistarmos o horizonte, novas concepções de mundo e ideias.