Felicidade
Este meu eu desconhecido, mais uma vez desperta,
não sei de onde, nem por quê, para me confundir e advertir,
que o amor paira no ar com seu cheiro inodoro,
insípido gosto e silencioso e mesmo assim, harmonioso e divino som.
Que ele existe sim, de várias formas, tamanhos e imagens.
Que ele não vai entrar em meu coração, à força, sem que eu queira.
Que ele está, sempre esteve e estará por aqui, esperando;
esperando o momento em que esta razão irracional,
em um momento de fraqueza, ou força, dará lugar para a emoção,
e fazer eu crer que é bom ter os pés no chão,
mas é maravilhoso, de vez em quando, estar com a cabeça no ar.
E se entregar às maravilhas ocultas existentes em nossa existência,
as quais, enterrados neste mundo louco que corre feito louco,
não sei para onde, não nos deixa sentí-las, experimentá-las
e descobrir até que, a felicidade existe sim, e é gratuita para quem quiser.
Graças a este outro mundo oculto, existente em nosso louco e real mundo,
vez ou outra, este meu eu desconhecido vem à tona, me lembrar
que, o tempo passa, que cada segundo é precioso,
que posso neste mesmo momento,
estar desperdiçando um espaço no tempo preciso e certeiro
para deixar de ser e viver horizontalmente e experimentar
as sensações que realmente trazem felicidade na vertical.
Talvez eu seja um felizardo, por ter esse momento de inspiração,
apenas por ter olhado e enxergado uma imagem, aqui e agora.
Valeu meu eu, foi legal ter te encontrado hoje e esquecido um pouco
essa vida louca e predatória, e por alguns momentos me deixar levar
pela névoa da esperança, do amor, da evolução e da felicidade.
Se puder, visite-me novamente amanhã. Como é bom tê-lo por perto.
Descobri que preciso de voce, sem voce, eu sou um desconhecido para mim.