CHORORO

CHORORO

Vez por outra me surpreendo

Queixando-me da vida

Mas em minutos me rendo

Quando vejo outras feridas

Não tenho razões para me queixar

A não ser por puro egoísmo

Tenho vida exemplar

Nunca estive em um abismo

Até hoje tive saúde

Trabalhei amiúde

Amei com virtude

E pelos outros sempre fiz o que pude

Tenho uma família modelar

Sem transtornos a relatar

Esposa, filhos, neta, genro e nora

Todos amados pela vida afora

Preciso me penitenciar

A cada vez que reclamar

Ter consciência que meus lamentos

São coisas de velho rabugento

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 21/04/2012
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