Que o tempo passe...
Que o tempo passe, mas os questionamentos sejam os mesmos e constantes.
Que se cobre, mas que seja com coerência sobre meu eu.
Que se sobressaiam as questões que me envolvem e me atribuem.
Sabe quando olhamos para o céu e enxergamos apenas como um lugar bonitinho, mas sem nexo em seu destino?
Isso acontece quando nos sentimos distantes do nosso próprio eu.
Como se a gente se olhasse no espelho e nem enxergasse a nossa própria face.
A esperança talvez seja que, através das nuvens, existam gotículas para encher um pouco a seca que envolve a minha pele e meu ser...
Que se evapore meu suor e se torne chuva de alegria em meu cotidiano.
Renato F. Marques