Eu me lembro...

Me lembro de quando era criança, e quando ia para o quintal e ficava sentada

na grama, vendo as nuvens mudarem no céu, e olhando o por do sol. Eu me lembro

que apenas chorava por coisas bobas, e com o medo de ficar sozinha.

Eu me lembro de quando saia para a escola, sempre me divertia vendo os

meus amigos, e quando chegava a noite ia para o quintal e ficava admirando as

estrelas e o luar, era apaixonada pela vida que eu tinha, era tão plena e maravilhosa,

eu sorria por tudo e por qualquer coisa dava um bela gargalhada, eu era feliz. Eu

achava que os meus pais eram os meus super-heróis, estavam sempre me salvando

e cuidando de mim.

Eu era a menina dos sonhos de ouro, que sonhava com o amor, o primeiro

beijo, e que ia ser “feliz para sempre,” mas nem sempre é do jeito que agente quer,

à vida tem espinhos, e flores, pedras nos caminhos e buracos nas estradas, mas só

para aqueles que merecem o valor.

Mas eu não sou mais uma menina, não sonho mais com o amor, e sei que os

meus pais sendo os meus super-heróis, sempre tem os seus pontos fracos e

sempre acabam sendo desarmados pelos nossos inimigos, mas sempre estão ao

nosso lado à nos proteger de todo o mau. Não ando mais descalça na grama, não

sinto mais a fragrância do amor, não tenho mais esperanças de amar, porque o

amor só existe... Só existe para quem consegue suportar a dor.

Não sou mais menina, Sou mulher.

Já vivi, já sofri, já errei, mas não erro mais outro vez.

Amar???

Quem sabe!!!

O meu coração, um dia, sinta, isso de novo, porque o meu coração se

transformou em pedra rochosa, e nem mesmo se martelarem ele, essa pedra nunca mais vai se quebrar, ou voltará à amar outra vez.

Primeiro Encontro

Eu estava me sentindo nervosa, era o nosso primeiro encontro, não sabia o

que falar, muito menos como agir perto dele, nos nos comunicávamos por telefone,

as vezes nem tínhamos tempo para nos falar, ele era muito ocupado, ele era dono

de uma grande empresa exportação e importação, e eu não sei como tudo aquilo

aconteceu, foi amor a primeira ligação.

Não sabia de quem era aquele numero, muito menos de onde era, mas quando

atendia, à voz dele era suave como o vento, não tive tempo de falar nada,

simplesmente ele falou um monte de coisas que eu não entendia, e depois desligou

com a maior brutalidade do mundo sobre mim, nem me deixou responder que era

engano, mas como eu não deixava nada barato, retornei a ligação e expliquei tudo a

ele, e antes que ele pudesse pedir desculpas, eu simplesmente desliguei na cara

dele.

Depois disso ele nunca mais me deixou em paz, ele me ligou vários dias

seguidos me pedindo desculpas, é claro que eu atendi, depois que à minha

secretaria eletrônica estava cheia de mensagens dele, e por fim eu atendi. Ele

sempre me chamava para sair, mas eu sempre me esquivava, pois eu para ele seria

apenas mais uma conquista.

E no fim depois de tantos pedidos e insistências eu aceitei o pedido dele para

sair. Eu estava na praça, tão nervosa, cada um traria uma rosa vermelha que era o

código, eu disse também como iria vestida, mas ele insistiu para termos uma marca

mais positiva para não ter enganos. Vi ele de longe, sentado no banco da praça.

Eu não sabia que ele era tão lindo, apesar de trabalhar muito, ele tinha tempo

para colocar o corpo em forma, a academia era na casa dele, ele mesmo havia dito

para mim, malhava apenas nos finas de semana. Ele estava com uma calça jeans

preta desbotada, uma camiseta branca, e um paleto por cima, de longe dava para

ver os cabelos dourados e ainda úmidos do banho, ele tinha olhos lindos, verdes

como o mar, a cor bronzeada do corpo era natural, e ele era muito alto, acho que

um metro e noventa, tinha ombros largos, era um corpo escultural, coisa de grego,

um corpo que toda mulher deseja para si.

Pensei em desistir, mas e as desculpas? Como eu iria dizer? Ou melhor o que

eu iria dizer para ele? Me senti muito nervosa, tão nervosa, era agora ou nunca,

fiquei ereta em saltos altos de vinte e cinco centímetros, que me deixavam quase na

altura dele, um passo de cada vez, e eu respirava profundamente a cada passo.

Ele olhava para todos os lados, mas quando me viu, parou por um segundo e

se levantou rapidamente, eu parei na frente dele com uma rosa na mão, e ele

também segurava uma, eu me perguntava se ele havia me achado feia ou vulgar,

mas logo tirei isso de minha mente, eu era linda, com os meus vinte anos, não era

esbelta como muitas outras garotas, e com certeza ele já teria visto mulheres mais

atraentes do que eu.

A minha maquiagem era simples sem muito abuso, já que a minha cor é

branca, muita cor apresentaria que eu estava ali apenas para me mostrar par ele,

mas não era isso, aquilo apenas era um encontro casual, a minha maquiagem era

apenas um pó, blusch, lápis preto, rímel e um brilho labial cor de pêssego. Eu

queria mostrar a ele a minha beleza natural, o meu vestido vermelho de alcinhas

que acentuava bem em meu corpo, e por cima um casaco preto, para esconder um

pouco os meus ombros desnudos, não queria me sentir “á oferecida” para ele,

apesar que as mulheres que apareciam na vida dele, eram muito das oferecidas.

Nem sei por quantos segundos ou minutos ficamos nos olhando, só sei que

para quebrar o gelo ele me estendeu um buque de rosas vermelhas, não sei de onde

ele havia tirado aquelas lindas rosas que eram as minhas favoritas. Eu ainda fiquei

olhando profundamente em seus olhos cor de mar, eram tão lindos, mas quando ele

chegou mais perto de mim, o meu coração começou a bater mais forte, ele ficou tão

próximo de mim que pude sentir o seu perfume de loção pós-barba era tão suave.

Ele me estendeu a mão e eu à peguei, as mãos dele eram tão macios como

seca, apenas o toque dele fez me arrepiar toda, ele ainda me olhava nos olhos, e

não resistiu e chegou mais perto, até que ele pudesse tocar os lábios dele contra os

meus, foi um beijo suave, sincero, delicioso e macio, me sento no céu, meu corpo

todo tremia de desejo, eu não sabia o que estava acontecendo comigo, nunca tinha

feito algo assim em minha vida, me senti perdida em seus braços fortes, os

músculos de seus braços me prendiam como uma teia de aranha, as rosas que eu

segurava, eu as deixei cair, todas ao chão, todas espalhadas no chão da praça.

Infelizmente ele parou de me beijar, e continuou a me olhar novamente em

meus olhos castanhos escuros, não havia palavras para descrever a emoção que

nós dois sentíamos, apenas estar com ele e sentir que aquilo não era mentira e sim

a pura verdade, ele queria estar junto para sempre comigo, e não precisou de

palavras para dizer que ele me amava, o tempo era que ia dizer, e amor ia crescer,

em nossos corações apaixonados.

Paulo Ricardo- foi por não querer amar que eu amei você

Foi você que quis assim, abusou de mais pisou em mim, e ai então soltei de

banda, a fila anda, a fila anda, á fila anda.

Weldilene
Enviado por Weldilene em 17/04/2012
Código do texto: T3618019
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