Negro
Haviam três cruzes no céu
tentei segui-las, mas tropecei.
Quando me distrai elas sumiram,
apenas uma restou.
Elas passaram a me seguir
e voltaram as três,
estavam dançando no céu,
se divertindo às minhas custas que as observava.
Antigamente era apenas uma cruz,
porém em meu céu elas sumiram,
hoje retornaram em conjunto para zombar de mim.
A luz tão adorável que produziam não me permitiam sentir raiva.
As luzes do chão tentam me cegar, me deixar tonta,
as que dançam, não.
Me deixam tonta por sua beleza.
Comigo foram até minha casa,
me observaram partir.
É esta sua função, nos dar graça
nos observar, esses pobres pontos sem luz
que de graça só nos restou o nome.