A espera
Tenho procurado meu descanso, tenho desejado o meu repouso, tenho pensado em dormir, tenho chorado sangue, tenho perdido o sentido das palavras, tenho estado sentado no escuro esperando algo que não parece chegar nunca, olho pela janela e tudo que vejo é uma rua vazia e gelada, tudo que enxergo são as folhas secas caindo das árvores e a estrada continua vazia.
Sento em meu canto novamente, apago as luzes e ouço canções, volto a esperar novamente.
Vejo vulto e escuto vozes de pessoas, são pessoas reais mas a minha solidão me trancou em meu próprio mundo onde não consigo sair, onde não existe pessoas além de vultos.
Tenho esperado por muito tempo, tenho olhado a janela por diversas vezes, e não encontro ninguém.
Quero me levantar, quero tomar parte de tudo, quero embolar as coisas que sinto as coisas que tenho vivido, quero embolar meus pensamentos, meus sentimentos, minhas dores, minhas agonias minhas angústias como se tudo não passe de um papel e queima-los em uma lixeira bem grande, juntar as cinzas e coloca-las em um barril pesado e jogar no oceano, para que não corra perigo do vento trazer as cinzas novamente.