Silêncio!

Oh well...

Uma bobagem qualquer (ponto).

Uma filosofia barata,

Um vazio recordado...

Eu fui para o escuro tentando fugir dessa estranheza.

Estranhando meu próprio corpo, me senti cheia por um vazio imenso.

E quando eu olhei para o céu não vi nada mais do que pontos brilhantes grudados no teto,

não há profundidade.

Eu vi um filme qualquer na TV falando sobre o poder da mente humana,

E de repente enquanto assistia, algo pareceu ter me enchido de harmonia e decisão.

Pateticamente tentei fazer o que diziam nos livros,

E até hoje eu não vi dar em nada...

Incrível como as pessoas sempre têm justificativas para tudo,

sendo convincentes ou não.

Mas foi nesse exato momento olhando o céu

que eu encontrei a superficialidade monstruosa.

Há dias atrás eu fui a um parque e, cansada, me deitei num dos bancos de pedra.

O céu estava limpo e eu só via azul, e por um momento soberbo eu pude sentir a profundidade celestial.

Senti como se o ar em volta e acima de mim fizesse parte daquele teto imenso,

E por aquele momento eu me senti sufocada e tonta - me segurei no banco – e me senti pequena.

A única coisa que eu via era o azul sublime, a me tocar - e esqueci de minha existência...

Senti que meu peito e meu corpo estivessem sob um muro de rocha azul-celeste,

E quando eu finalmente perdi o medo...

... precisei ir embora.

Eu fui e aqui eu estou.

Sentindo um vazio que me embriaga e dopa - eu já nem sei mais o que digo...

Enquanto algumas reclamações e satisfações são ditas/ouvidas,

eu escrevo um final sem saber terminar.

Pois o vazio é eterno e a superficialidade é plana.