Restou



A vida já não era tanta
Os sonhos fugiram um a um
feito rebanho disperso
longe de casa, ah os sonhos!
Os lobos ferozes os espantou.
Só este negro céu em ritmo de espera
sem um pássaro que me possa inspirar
Nada de bom restou.
Sem o inesperado
sem busca, sem ver ou escutar,
onde foi parar a fé?
O trem fora do trilho deve parar.
Restou os fantasmas dos pensamentos
Que já não suspiram, nem por um amanhã sequer.
Sabia que, a qualquer hora a ilusão iria expirar...
Cairá  sobre os seus pesadelos da noite sem estrelas
Sentiu em seus ombros,
O peso que é viver, perdeu a coragem de lutar.


 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 11/04/2012
Reeditado em 09/06/2016
Código do texto: T3606689
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