Tua boca
Rompo o cerco , e ao crivo da palavra violada não me calo,
antes, falo;
denuncio as verdades putrefatas de uma moral leviana.
Não julgo ou condeno , absorvo-me nos silêncios velados dos amores desconcertantes e irreais.
Sorvo da boca o beijo sugado e úmido, dos corpos o suor quente a escorrer nas costas dos amantes,
e se aos olhos fere a imagem cálida de um beijo,
ao coração alimenta e acalma.
Beijo tua boca, atinjo tua alma.