Subterfúgio
"Pra onde vai tudo isso que tenho aqui no peito?!!"
A menina se pergunta consternada dentro de suas carências.
Na sua ingenuidade, chega a pensar em vender.
"Seria um tipo de prostituição?"
Seria sim, porém mais cruel e danosa para quem paga...
Um comércio de pedaços de felicidades pirateadas...
Uma troca clandestina de paixão...
Um tráfico ilegal de amor...
"Ou seria somente um refúgio para os versos inúteis cuspidos da minha alma, que só queria poder amar..."
Desfigurada a estrutura desse desejo, ela se farta e infarta.
Declara solidão e mergulha no razo desse consolo, mergulha na eternidade dessa dor.