Realizar nossa humanidade é de uma complexidade absurda


Realizar a nossa humanidade não é um ato de pura lógica racional, é também, e muito, um ato biológico de uma complexidade absurda.
Entendo que cada elemento em si, possui um que de lógico e causal, mas a complexidade final da essência do viver, extrapola em muito nossa capacidade lógica e mental.
Nada, absolutamente nada na realização do viver pode ser incoerente com a natureza físico, química, biológica e mental imanente a existência do todo. Assim nada pode ser aleatório no sentido de sem causa natural, ou de total improbabilidade de ocorrência.
A própria evolução das espécies, em sua aleatoriedade de sequência, jamais quebrou em si nenhuma regra lógica da física, da química ou da biologia, contudo a complexidade do todo nos impossibilita de saber o amanhã, somente quando uma variação aleatória por erro de cópia ocorra e esta variação permita uma maior adaptação ao meio e um maior número de descendentes vivos, saberemos os próximos passos da evolução.
 
Desta forma nossa humanidade, pela sua complexidade natural não nos propicia uma análise meramente lógica, mas o lado humano em si, deve seguir regras lógicas.
Somos vida, e por si só a vida é um exemplo de complexidade adquirida, esta complexidade foi capaz de dar o salto da físico-química para o biológico. Mas além de sermos mera vida, desenvolveu-se talvez a mais maravilhosa e complexa estrutura de todo o cosmos, um cérebro, um circuito neuronal magnífico e a complexidade mais uma vez se fez presente. Somos também seres mentais, e mais um salto de complexidade foi dado, de um circuito meramente biológico neural, a complexidade permitiu que emergisse deste cérebro, uma mente, e somos assim seres mentais. Mas não paramos por aqui, a complexidade de muitas mentes atuando por si só deu o salto para o coletivo, somos assim seres sociais. Nem conseguimos imaginar a ordem de potência da complexidade que é a realização do nosso viver. Somos sociais, mentais, neurológicos, biológicos, químicos e físicos, mas não nos esqueçamos somos reais e imanentes.

 
 
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 08/04/2012
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