Quem vai atirar a primeira pedra?
Há um longo tempo, em minha juventude, fiz o que pude para me encontrar com a verdade absoluta, e jamais a encontrei assim tão resoluta. O redil era arredio, liso e escorregadio, gente boa mentia com certa inconsciência, criando a sua pseudoverdade como se faz hoje em dia nos aglomerados das cidades. Porém, na minha santa incoerência não tinha a devida paciência, e jamais a consciência de que também mentia. A minha verdade era no mínimo relativa, para não dizer: mentira imperativa. Na sinceridade pode existir meia verdade? Criaram-se céus e infernos, deram nomes ao verão e ao inverno, mas o verdadeiro sentido tornou-se desmentido solstício. Por que tantas religiões derivadas de um só Livro Sagrado? Na realidade é um conglomerado de corações apaixonados a campear a verdade por todos os lados! Porém, se não estiver enganado, também olho pelos cantos e lados e, no meu ilusório encanto; lamento ter estado enganado. Sinto muito, por estar incapacitado, porém, na minha frágil verdade encontro-me alicerçado. Confio no amor qual me traz perdoado.
Qual é a sua verdade?