DIAS ASSIM

AH! A quanto tempo. Há tempos que não paro no tempo.Num banco de praça, no outono,num sabado de outono, com folhas caindo sobre o meu corpo e povo, á rir, de se encontrar, com tempo.

Com tempo de reencontrar velhos amigos,á saudar, trás felicidade,satisfação,de estar presente,na prça,á perguntar.Por onde andei,se eu nem daqui ,sai?Por onde vaguei,se passei por ti, e não á vi?

E, vivias, do meu lado a me chamar.

Estranha presença,ausente de mim mesmo!

Doloridas hoje as saudades, de te-la,

A companhia solitaria do banco, e as arvores desnudando seu outono,á lembrar-me,as tempestades de março,colando com agua nossos corpos á sorrir pequenos incidentes no caminho,oh,banco de madeira,que ainda estás!

Sustentás mais um dia minhas lembranças,até que, novamente,eu junte meus pedaços de destino,atordoado pelos meus deslizes,fazendo meu pensamento chorar.

O novo me presenteia, mais não preenche o vazio de minhas lagrimas,tento sêcar e amputar,as raizes expostas sem pudor.

Tento perdoar-me. Arrisco um sorriso,atras dos meus óculos,que contemplam esta pagina,arriscando um, um já passou!

Ah!há quanto tempo,não sinto saudades de mim!

betuabdal
Enviado por betuabdal em 08/04/2012
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