DIAS ASSIM
AH! A quanto tempo. Há tempos que não paro no tempo.Num banco de praça, no outono,num sabado de outono, com folhas caindo sobre o meu corpo e povo, á rir, de se encontrar, com tempo.
Com tempo de reencontrar velhos amigos,á saudar, trás felicidade,satisfação,de estar presente,na prça,á perguntar.Por onde andei,se eu nem daqui ,sai?Por onde vaguei,se passei por ti, e não á vi?
E, vivias, do meu lado a me chamar.
Estranha presença,ausente de mim mesmo!
Doloridas hoje as saudades, de te-la,
A companhia solitaria do banco, e as arvores desnudando seu outono,á lembrar-me,as tempestades de março,colando com agua nossos corpos á sorrir pequenos incidentes no caminho,oh,banco de madeira,que ainda estás!
Sustentás mais um dia minhas lembranças,até que, novamente,eu junte meus pedaços de destino,atordoado pelos meus deslizes,fazendo meu pensamento chorar.
O novo me presenteia, mais não preenche o vazio de minhas lagrimas,tento sêcar e amputar,as raizes expostas sem pudor.
Tento perdoar-me. Arrisco um sorriso,atras dos meus óculos,que contemplam esta pagina,arriscando um, um já passou!
Ah!há quanto tempo,não sinto saudades de mim!