DEUS E NOSSOS GENES
Depois de passar 37 anos ensinando Genética e apregoando os princípios mendelianos segundo os quais os genes de um indivíduo reproduzido sexualmente (gente, planta ou animal) segregam-se, ao acaso, na formação dos gametas e juntam-se também aleatoriamente por efeito da fecundação, hoje questiono do alto de uma reflexão mais profunda: se Deus comanda os desígnios da humanidade e de todos os outros seres, por que iria abrir mão de determinar as combinações gaméticas e zigóticas implicadas na formação de cada ser descendente? Por que não admitir que Deus escolhe nossos genes e nos dá o livre arbítrio de zelarmos por eles?