A EPIFÂNIA DA MASTURBAÇÃO MENTAL
Da sala de oficio reúnem-se cobras e lagartos
Das bocas desmerecidas proliferam anagramas , divagações
e as incompreensíveis línguas do “P” , que da pragmática ninguém ousa soletrar
Dos cordeiros de pele de lobo e lobo de pele cordeiros
Acendem-se velas vermelhas à Deus e as azuis ao Diabo
Implorando migalhas para justificar nossas inúteis existências
Segue-se a tortura com as lancinantes proclamações de retórica
E finalmente, encerramos a anual epifânia da masturbação mental
Com abraços espinhosos, tapinhas de velhos amigos que não se conhecem e os execráveis sorrisos amarelos.