VIGÍLIA (14 ANOS)

O corpo febril delirava na madrugada fria.

Nas fantasias, insetos gigantes bailavam no teto da velha casa azul.

O corpo procurava um outro corpo.

E...

Encontrava.

Com ele o cuidado. A vigília. O tocar de mãos.

Daquela noite, ficou a lembrança,

Do corpo...

De alguém que resiste.

Além da realidade de não se ter mais

Aquele corpo.

Um beijo, mãe. (14 anos)