Coração de um adolescente.

Ausentei-me por um tempo no recanto, mas isso foi necessário para minha reflexão. Volto, não com o vigor de sempre, todavia com o mesmo sentimentalismo das demais ocasiões.

Lembrar-me que sou feito de carne e osso e com isso carrego um coração mole e difuso, amedontra-me. Se aos poucos percebo que tenho a capacidade de amar, que posso satisfazer alguém e com isso devo sair da promiscuidade que tanto idolatrei a anos atras e escolher apenas um. Indolente fico.

Medo de machucá-lo, de ser infiel, de pensar que poderia ir ao "banheirão" por mero prazer em vez de discutir relacionamento, ter ciúmes e chorar noites por saudade. Mas essa safadeza juvenil não preenche meu corpo como antes; a falta de um abraço, a ausência do calor humano e a carência de um ombro que possa chorar, faz com que eu acredite e idealize um conto de fada.

Acredito e sonho que mesmo com minha complexidade conseguirei derrubar esse imaginário obstáculo que me impede de amar.

Anderson Nakai
Enviado por Anderson Nakai em 31/03/2012
Código do texto: T3587025
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