Valor Merecido

Meu peito aberto, minh'alma nua, minha caricatura é meu espelho, vejo-me assim...

posso estar só, mas sou de todo mundo;

dos que me aceitam e dos que me toleram,

dos falsos pálidos e dos carnudos.

Direto no coração da liberdade e nas asas dos sonhadores,

atiro sem parar, mesmo que acerte em quem não queira;

mas distribuo paixão e amor a arte, a quem acertei de tabela,

meu rosto deformado se transforma em serpentina, cheia

de cores e efeitos, para os caretas me olharem com inveja...

Enquanto os falsos profetas enfeitam o inferno com suas cobais,

profetizo com ênfase o apelo do desvalido que honesto se faz de vencido,

e antes que se raia o sol de vermelho e a lua de lilás, acredito na

volta dos que leem na pele dos imortais.

Me rebelei contra as correntes do padronismo, e me indignei com motivo,

fico triste quando escuto que não há valor merecido, para o pobre esquecido.

Me faço de cansado, até para não ser percebido, e para não ser muito demagogo,

te faço uma indagação agora que tem lido: Será que estou sendo duro demais comigo?

wladi o poeta
Enviado por wladi o poeta em 28/03/2012
Código do texto: T3580084
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.