De Drummond (12): Pouco, não muito

Uma das frases mais engraçadas do Drummond:

"De tudo fica um pouco. Não muito."

Se eu fosse necrofílico, diria que "depende":

De nós, mortos, apenas ficam os ossos, se não formos cremados.

Como não sou tão "gótico", prefiro imaginar qual possa ser o pouco, o não muito, que deixe um beijo, v. gr.

E reconheço que as imaginações de beijos me suscitam ternura e sossego, umas, ou leve elevação dos sentires, outras; inclusivamente algumas me transferem aos braços de minha mãe, tão agarimosos.

Mas todas, todas as imaginações deslizam-se pelos trilhos da honestidade mais pulcra.