De Drummond (9): No limite

Fim do poema:

valendo a pena e o preço do terrestre,

salvo o minuto de ouro no relógio

minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,

depois de se arquivar toda a ciência

herdada, ouvida. Amor começa tarde.

Sem dúvida: valendo, vibrando... limite...

Mas sobretudo essa descoberta diária do Amor, insistente descoberta, que torna sempre demorado o Amor.

(Há na pele o Amor persistentes recantos ainda por explorar, muitos, infinitos...)