De Drummond (8): Amor relâmpago
Continua o poema:
É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe
(A seguir)
Amor relâmpago? Será, mas sossegado, soberanamente sossegado, de modo que o imprevisto pareça previsto, porque o instantâneo apenas se acaba na eternidade.
(Mas que é a eternidade? Não me valem as definições nem de dicionário nem as especializadas, porque ninguém alcançou a experiência do eterno salvo no Amor com o Amor...)