Ideal Fantasma
Mergulho no mar da minha mente e percebo o quão pequeno sou perante a grandiosidade de tudo que há ao meu redor. Penso para poder justificar a minha existência, mas me perco nos largos e obscuros caminhos que a vida oferece; mesmo assim, continuo a minha incessante busca pelo fator-chave que executa todo o fenômeno que se estende perante os meus olhos mortais. Tento compreender o que há por trás das cortinas que cobrem o magnífico segredo que move o universo, que fornece vitalidade às ilhas mortas presentes nos múltiplos mares de sabedoria; corrompo a veemência do meu ser em tamanha jornada, mas meu coração não permite que eu desista, forçando-me a seguir em frente nessa busca contínua pelo baú de acepções que caracteriza o todo cósmico. Os inúmeros e irremediáveis enigmas surgem, mas a minha sede pela dúvida final me mantém sobre as minhas pernas, estimulando-me a percorrer esse árduo caminho de dor e desespero com os pés descalços.
E nessa tortuosa caminhada permaneço, mesmo sabendo que, no fim de tudo, em algum ponto desse imenso círculo, jazerei dentro de minha tumba de palavras sem significado.