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TARDES


 
Gosto  da quietude das  tardes,daqueles  instantes em  que  a  vitalidade  do  dia  sucumbe  aos  afagos  da  noite.
Aceito a  cumplicidade  da  solidão  dos  horizontes  como  forma  de admitir  que  a  minha  não é  única.
Mergulhado  na  placidez destes  instantes quando,em  silêncio,a  natureza  esmorece,travo  reencontros  com o  meu  verdadeiro  “eu”.
E  assim,juntos,vamos  divagando sobre  nossos  mundos interiores.
Então,”anoitecidos”,partilhamos  o  chá  na  mesma   xícara,enquanto  traçamos  arabescos de  um  novo  dia.