Recife, Cidade Doente
A qualidade de vida de uma cidade é medida pelo conforto dos seus habitantes e usuários. Uma cidade que não se preocupa com isso, por mais rica que seja, não passará de uma amontoado de prédios públicos e privados. E isso é e foi bastante defendido por vários pensadores urbanistas. A cidade é uma criatura orgânica, viva, tem artérias, tem coração, tem cérebro, e etc. Logo, a cidade, assim como todo organismo, pode ser saudável ou doente. E todo gestor público deve ter a boa vontade de observar essa afirmação.
Recife é uma cidade doente, apesar de não estar na UTI, sofre de problemas crônicos de saúde. Ela é medicada mas não curada. Os remédios diminuem as dores e o sofrimento, no entanto, preservam a doença. Recife é como uma bela mulher que sofre de hipertensão e de diabetes. É bela, porém, doente. As principais doenças que acometem o Recife são a pouca atenção dada: 1- Ao pedestre, 2- Ao conforto do passageiro do transporte público, 3- A acessibilidade e a mobilidade nas ruas da cidade, 4- Aos espaços urbanos (parques, praças, largos e etc) no quesito segurança e manutenção. 5- A infra-estrutura urbana.
Esses são alguns dos sérios problemas urbanos da capital pernambucana. Contudo, caso houvesse necessidade, poderia citar outros. Para esses problemas (doenças) citados acima, se prescrevem medicamentos paliativos mas nunca a cura. Pois a cura talvez não seja bem-vinda para a maioria dos políticos locais. E se a população recifense não abrir os olhos e requerer a cura aos gestores, ela continuará eternamente doente, assim como muitas outras capitais brasileiras.