Naquela manhã de Domingo...

E na manhã daquele domingo, nós dois, atirados na cama, cheios de confissões inconfessas, de bobas inseguranças; brincadeira de criança foi o nosso amor...

Palavras dispersas pelo nosso olhar amante, silêncios interrompidos; espontâneo era o nosso amor...

Jogos de amor, carícias trocadas, arrepios sentidos naquela manhã de domingo. Naquele domingo amanhecido; no nosso quarto de espelhos, reflexos de angústia e mágoa iam e vinham prolongar um fim anunciado.

Tristezas e andanças... Caros preços de juras de amor distante, do amor daquela manhã de domingo. (...) E é aqui que começou e aqui ele termina, sufocado, enclausurado, gritando por seu fim imediato, sem desatar a sangria... Que por sinal, sempre esteve aberta no seu coração, pequeno, mesquinho; eu só queria esquecer daquela manhã de domingo, das lágrimas que caíram aos pingos, confessando o meu grande erro de amor!

... E naquela manhã de domingo, na dispersão dos sentidos, na confusão dos sorrisos, no empréstimo de amar, eu embarquei na sua promessa de perdão, e afoguei-me no mar dos falsos sentidos, do fajuto "Eu te Amei!"

Naquela manhã de domingo, eu te amei; não fui amado, eu chorei; não fui chorado; eu cantei, não fui cantado; eu senti, não fui, não fiz sentido. Eu perdoei, mas fiquei preso nas chances de ser perdoado, por nós... Só nós dois, naquela manhã de domingo...

Paulo Ricardo Pacheco
Enviado por Paulo Ricardo Pacheco em 23/03/2012
Código do texto: T3571735
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.