Naquela manhã de Domingo...
E na manhã daquele domingo, nós dois, atirados na cama, cheios de confissões inconfessas, de bobas inseguranças; brincadeira de criança foi o nosso amor...
Palavras dispersas pelo nosso olhar amante, silêncios interrompidos; espontâneo era o nosso amor...
Jogos de amor, carícias trocadas, arrepios sentidos naquela manhã de domingo. Naquele domingo amanhecido; no nosso quarto de espelhos, reflexos de angústia e mágoa iam e vinham prolongar um fim anunciado.
Tristezas e andanças... Caros preços de juras de amor distante, do amor daquela manhã de domingo. (...) E é aqui que começou e aqui ele termina, sufocado, enclausurado, gritando por seu fim imediato, sem desatar a sangria... Que por sinal, sempre esteve aberta no seu coração, pequeno, mesquinho; eu só queria esquecer daquela manhã de domingo, das lágrimas que caíram aos pingos, confessando o meu grande erro de amor!
... E naquela manhã de domingo, na dispersão dos sentidos, na confusão dos sorrisos, no empréstimo de amar, eu embarquei na sua promessa de perdão, e afoguei-me no mar dos falsos sentidos, do fajuto "Eu te Amei!"
Naquela manhã de domingo, eu te amei; não fui amado, eu chorei; não fui chorado; eu cantei, não fui cantado; eu senti, não fui, não fiz sentido. Eu perdoei, mas fiquei preso nas chances de ser perdoado, por nós... Só nós dois, naquela manhã de domingo...