Pinóquio

Se eu, por covardia ou por comodismo, deixasse de pensar o que quero, temesse dizer o que penso, ou não tentasse fazer o que gosto; e dai então começasse a pensar apenas o que os outros quiserem que eu pense, a dizer tão só o que os outros permitirem que eu diga, e a fazer somente o que mandarem que eu faça; fatalmente eu deixaria de ser um Ser para mim. "EU", sem apelo, viraria um objeto para os outros.

Em outras palavras, não poderia mais ser o indefinível Andre; pois me tornaria, como Pinóquio, num insípido marionete.

Andre Mota
Enviado por Andre Mota em 21/03/2012
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