Quanto Vale A Vida

A vida é a pedra mais preciosa para Deus.

Mas para o homem, que é na terra o maior beneficiado com ela, o preço da vida é insignificante. Uns matam por drogas. Outros por ciúme. Outros por dinheiro. Outros por poder... E como se não fosse o baste, ainda tem aqueles que tiram a vida de outro por simples prazer.

Esse filme está se tornando cada vez mais presentes nos telejornais, nas telenovelas, nos contos, na literatura. Onde o “comum” é os fatos criminosos, aterrorizantes, violentos, desonrosos, depressivos. E o “inusitado” é ser honesto, ser digno, ser bom, amável, caridoso, compreensível, paciente, meigo, atencioso, trabalhador e amoroso.

Quando se comenta a respeito do futuro, logo se tem várias opiniões a respeito. E por mais espantoso que pareça, a maioria concordam: “é, o mundo não tem mais jeito. O futuro é só de guerra, fome, violência, corrupção, drogas e destruição”.

Infelizmente, o pior de tudo isso não são as veracidades dos fatos, mas as formas de como os fatos são aceitos. Ambos demonstrando que cada vez mais, o povo está incrédulo, desesperançoso, perderam a fé e as esperanças. Um mundo que apesar dos avanços tecnológicos, a pesar da inúmera população, a pesar do favorecimento de consumo, da facilidade de se ter um(a) companheiro(a), de possuir um bem material, mesmo assim, a vida está cada vez mais vazia. O ser humano se sente cada vez mais solitário. O bem estar parece não existir no mundo de hoje. A felicidade é como conto de fada. Os relacionamentos são cada vez mais artificiais. Os valores estão invertidos. O ter é mais importante do que o ser.

Cuidar da aparência, buscar riquezas, é uma busca constante em todas as classes sociais. A família que era para ser prioridade é apenas uma desculpa muitas vezes utilizada para aqueles que buscam em primeiro lugar o cuidar da aparência. Pois filhos continuam sem atenção dos pais. Pais continuam sem o controle dos filhos. O mundo do afeto é menos presente nas famílias, na sociedade do que o mundo da competitividade, do consumismo.

Consequência de tudo isso: uma sociedade doente. Violenta. Individualista. Estressante. Sem valores morais. Sem amor ao próximo. E por fim, o verdadeiro alvo por onde os olhos, os passos e os sentimentos deveriam trilhar são desviados, esquecido, deixado de lado, que é amar, cuidar e preservar a vida uns dos outros.

Tornamo-nos escravos do trabalho, da beleza, da mídia, do consumismo, da tecnologia. É fato verídico e ao mesmo tempo espantoso que estamos nos distanciando uns dos outros, embora às vezes moremos no mesmo teto, compartilhemos da mesma comida, nossos corpos estarem envolvidos pelos mesmos braços. Significa dizer que, além das trocas de valores estarem invertidas, no caso do “ser” pelo “ter”, preocupa-se mais com o mundo externo do que o mundo interno. Estuda-se mais a matéria, o espaço físico do que a inteligência, a própria alma.

Que pena... é lamentável mesmo que o ser humano não se perdoe mutuamente, não se corrija diariamente, não olhe para dentro de se constantemente e não se amem incondicionalmente, pois, se assim fosse a vida, a paz, a alegria a felicidade e o amor era mais presente o a vida era o bem mais precioso para todos assim como é para Deus.

Alcimar
Enviado por Alcimar em 20/03/2012
Código do texto: T3564932