Cotidiano
Transeuntes vão e vem,
Andam por calçadas sujas,
Embarradas da chuva torrencial do anoitecer passado.
Encontram-se, batem-se e nem saudações os fazem,
Não querem sentir seus cheiros ou odores, nem dores, nem amores.
Calafrios passam e repassam em seus corpos em constantes buscas
Pelos anteontens e antemanhãs,
Buscam conchas do mar que lhe contem segredos,
Buscam leitoras de mãos,
Jogadores de cartas,
Tudo que lhes deem razão para viver.
E em um enaltecer se encobrem do manto da noite,
Sem esperar por um
Novo amanhecer...