AMOR NATURAL; AMOR QUE SE CONSTRÓI

Há amores naturais como árvore, como ave, como o luar; há amores que precisamos construir em nós, como se constrói um edifício, outras vezes como se constrói um poema que exija muito, demasiado esforço para ser construído. Assim tem sido minha vida, entre tais amores de dupla natureza. Assim tem, desde sempre, sido e prosseguido minha vida, ressalvando-se, ou ressaltando-se que mesmo os amores naturais exigem muito cuidado especial, como o exige uma ave ferida, como urge, nas épocas necessárias, a poda de uma árvore, como é preciso, sempre, a contemplação viva do luar.

Ainda na manhã de 17 de março de 2012.