Discurso sobre o pensar

Por vezes, me encontro pensando sobre as regras, os princípios, as leis, as diversas formas de encarar o mundo, sem fingimentos, sem máscaras... E me deparo no fundo de um poço chamado angustia por conta da naturalidade com que as coisas acontecem.

O mais provável é que eu seja chamado de sonhador, de crítico, de polêmico ou sei lá o que? Mas, não consigo deixar de enxergar a sombra da escuridão nos rodando e nos cegando aos poucos, fazendo dos nossos sonhos pesadelos, das nossas alegrias tristezas, da nossa luta desestimulo, parecendo que as nossas almas estão impregnadas de silêncio, adormecidas em um rio de águas paradas, onde o mais correto perece ser o repouso contínuo, sem maiores preocupações.

É como se o sol em sua plenitude tentasse nos mostrar a imensidão de seus raios, e que de alguma forma negamo-nos a enxergar, e preferimos viver a sombra da noite, as margens da ignorância, afinal, para que pensar? Quem pensa? Na verdade, são alguns poucos dominantes que acabam manipulando o diálogo e entretendo a maioria, desfavorecidos de esclarecimentos, dependentes de algodão doce distribuído nos circos para adoçar a vida...

Há vida! Por que tem que ser assim? Talvez para que alguns poucos acordem, e vejam depois do horizonte, o verde da esperança, que contamina alguns poucos que tem sede, e não preferem ficar na rede esperando tudo cair do céu.

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 14/03/2012
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