GUERRA FRIA
To doando ou alugando o som da minha voz
São tantos como eu que vive solitário embaixo dos lençóis
A solidão é uma alegria enrolada num retrós
O mundo já nos convenceu que nunca precisa de nós
Criemos o nosso mundo, os nossos dogmas e nossa fé
Prometo te dar de tudo que é permitido na alma de uma mulher
Entre guerras e vícios ter um filho talvez não
Não quero carregar a culpa
De usar teu útero pra gerar um filho
Que não tenha sonhos pra plantar no chão
O sol nasce pra todos
E luz eu tenho pra te dar
A noite também é grátis
Vamos que o relâmpago é o nosso taxi
Com destino aquela lua que esconde um branco mar
É lá que os sonhos repousam e se escondem dessa guerra fria
Mais um incendiário queimando o corpo e o sonho de um sem lar
Brasil é um dramaturgo de obras realistas escrita por nossa democracia
(Mauricio Ife)
Contato: maumau_cezar@hotmail.com