Linguagem do silêncio
Linguagem do silêncio
Quando o amor age em silêncio, se expressa com mansidão; se jorra num olhar distante e delira-se na imaginação... e quando se cruza com o que lhe causa desejo, converge-se em gestos carentes, pedindo socorro ao colo ao qual deseja ter acolhimento. Os lábio? Pronunciam apenas um acanhado sorriso, enquanto por dentro, lateja o coração que, quando não acolhido, recolhe-se e, com o rolar de uma lágrima, feito uma gota que desliza de uma folha orvalhada, descreve seus sentimentos; sentimentos que anunciam um corpo dependente e ardente pelo desejo de esgotar seu vazio na imersão de um abraço que, em chamas, clama pelo ato que acalma o cio, e este, depois de embebido e tonto, compassa os batimentos e o fervor da respiração.