O oito de março... E tantos outros...
Nos últimos ‘dias’ estive pensando no 08 de março, indagando a mim mesmo sobre sua representação. Não creio que tenha ido muito longe, mas, sutilmente, envaideceu-me enormemente.
Transfere-se para este dia o entregar de rosas, versos e palavras de elogios...
Antes que me fuzilem [ ! ] quero dizer que tudo isso é legítimo, válido, terno e amável.
O imaginário social encontra-se preenchido de devaneios, de apanágios e ficções que seduzem os olhos e os sentidos, muitas vezes, fixados apenas nos galanteios embevecidos de vaidades.
O dia 08 de março é mais que um simples gesto cortejador...
Como se sabe, é um dia de reunião universal, entre tantos outros dias de luta que a mulher tem que enfrentar para garantir à sua dignidade no mundo da vida...
Para isso, não se faz necessário deixar de ser mulher, muito menos, perder a sensibilidade...
Este nome já reúne tantos sentidos, universos e paradoxos impossíveis de serem comensurados...
Nunca! Jamais deixarão de existir em nossa memória, pois alimentam o nosso ‘pensar’ com o sentido de nossa existência.
Eu amo as mulheres por tudo que elas são! Desde as mais eruditas as mais simples, principalmente, aquelas humildes que demonstram o amor que sentem e que conseguem enxergar que parte de sua vida não é sua, mas de alguém que a ama e que também compartilha com ela a sua vida.
A natureza não é cruel com a mulher...
A mulher é a primícia da natureza visível e inimaginável que encanta e seduzem aos olhos de quem almeja encontrá-la.
A sociedade sim, essa tem sido muito cruel! Isso porque foi perdida a sensibilidade como ‘causa primeira das coisas’ e, assim, o desencontro do sensível germinou no desencanto da alma...
Vejo com otimismo a luta da mulher na sociedade, enfrentando preconceitos, contrariando tradições patriarcais, buscando ressignificar o seu espaço de luta e de conquista; de igualdade e democracia.
Sou feliz por ter nascido de uma grande mulher, e por ter vivido bons momentos compartilhados com mulheres que amei em minha vida...