Satuário
Por que quando se perde, sua alma se prende a vitória.
Uma paixão solitária de anjos obsessivos e abominaveis
Esses anjos que nós criamos, e que ainda fingimos ser,
Só para garantir uma segurança de ficar distante do que achamos ser errado.
E falamos que a verdade deve ser dita e ouvida,
Porém nunca falamos a verdade, mas guardamos-a em segredo
Neste sofrido santuário chamado alma
Que corre pelas nossas veias.
Um prozac espiritual.
A cura para o que não existe.
E quando achamos o refugiu para pensamentos desconhecidos sobre o que somos.
Nossa pele arde por pensar que pecamos.
Nossa pele arde por duvidar do que dizem.
Nossa pele arde por ter opinião.
Nossa pele arde por nos odiar.
Nossa pele arde por gritar em silêncio.
E assim nos tornamos outros.
Apenas outros sufocando neste santuário.
Neste que criamos e queremos destruir.
A cada nova idéia que nasce e que morre.