Ventos de verão
O vento gira o cantavento como crianças brincando de ciranda. As árvores aceitam a brincadeira de tempos em tempos, deixando que suas folhas voaem na companhia do guia invisível e propaga-se por todo o entorno, deixando sua contribuição para o as cores do próximo outono.
Poetas, filósofos e entusiastas fazem o mesmo. Deixam suas mentes abertas para que suas ideias sejam guiadas pelo vento e jogadas pelos campos dos arredores. Infelizmente este acaba sendo o fim de muitas delas. Nada mais do que companhia para folhas secas.
Mas aquelas mais leves ou mais bonitas resistem pelos ares ou como marca página de um livro, sendo vistas por muitos e, assim, propagadas e reproduzidas. As vezes transmutada e nas mãos de alguns despedaçadas. Só que uma ideia, uma vez livre, entra no ciclo natural da vida, adubando novas mentes para a resistência da existência do pensamento.