A dizer do real

Creio no que é real,

Mas o que é real?

Quiçá nada seja,

Quiçá seja o que veja…

Consigo alcançar o que eu quero,

O que eu quero é alcançado

Desde o meu breve pensar:

Tudo isto já existe

Ou talvez nem exista…

O que é cerca de minhas mãos?

Cerca de minhas mãos é o que sou,

Agora cá já me parece que nada sou,

Pois cerca d’ aquelas não há nada!

E o que vem d’ aqui?

O que vem d’ aqui seria só pensamentos inúteis,

Do que é puro até o nefasto,

E tudo isso é real!

Desde pronto cria no que era real,

E o que era real?

Quiçá nada era,

Quiçá era o que via…

Adisson Souza
Enviado por Adisson Souza em 04/03/2012
Código do texto: T3535027
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