Volúvel.

E de repente o bom se tornou vazio. O silêncio dentro de mim era tão insuportável que chegava a doer. Justo eu, que sou daquelas que precisa de barulho na mente, se possível muitos ruídos de uma vez, martelando e desnorteando minhas idéias... me deixando num estado de atordoamento que eu simplesmente adoro. E aquela falta de alguém era tão agoniante quanto um ferro quente chafurdado na garganta. Então o desespero apareceu, me avisando que a qualquer momento eu seria capaz de sair andando pelas ruas, a procura de uma pessoa com alguma característica agradável, fosse ela um sorriso bonito, um olhar observador ou até um jeitinho meio tímido. Qualquer coisa que me fizesse sentir alívio. Se bem que alívio não é a palavra usada quando uma pessoa se refere a um estado de bagunça mental... mas comigo tudo sempre foi assim, as palavras nunca significam o que realmente são, é tudo torto.

Então eu consegui achar o bom, e ele novamente se transformou no vazio. Bom.