esperança ... cruel vã espera 
 
 
nem deveria?...
            duvidei...
a minha volta, nada ouço
            distante, em desencontro
leve suave o entardecer
um grito covarde
                      sufoca-me a garganta
prostrei-me ao desengano
  ao encanto do ocaso...encantamento
...sem acaso ao descaso
 da suave brisa vespertina
 – transmutação dos pensamentos
 riacho-luz , descortinado entre pirilampos
    pronto! o sono traz o sonho
ao “réquiem” de mozart
no acalanto...  um aconchego ...proponho
  ser ... ou permanecer...
eternizada  espera
 da quimera  fantasia
          entretanto, já, imersa
 ao som da valsa de Strauss...
...é fim de tarde
  no  despertar da ave-maria de Schubert
o ressuscitar dos sentidos
       extinguir-me-ei,
à nova vibração do “requiem”
inda estou aqui...
sem a tola esperança esperada

rigveda
Enviado por rigveda em 02/03/2012
Reeditado em 04/10/2012
Código do texto: T3530976
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