Mulher estatística
Percebo grande mistério nas estatísticas...
(É bem sabido que "estatística" deriva de "status", mas do "status" mais "status" de todos os "status", do estado, que os estadistas escrevem com E maiúsculo, como se o estado fosse Deus e não feitura - imperfeita - de serem mais ou menos humanos.)
O mistério consiste,a meu ver, em comprovar a in/flexibilidade que as distingue: as perguntas são flexíveis, as respostas oferecidas são inflexíveis. "Isto", na minha terra, denomina-se jogar com as cartas marcadas.
E quem marca as cartas, os "estatísticos" (por obediência divina ou devida, tanto tem, aos estadistas) preparam questões e amanham ou preveem respostas ou soluções de modo que a estatística sempre beneficia os estadistas e os seus dirigentes, os "mercados".
Talvez se ache nesse contubérnio radique a condição secundária e por vezes infeliz, atribuída à mulher nessas ações de governo; mesmo no caso de serem mulheres as estadistas... algumas das estadistas.