ENVERGONHA-TE, OURO PRETO
Tua beleza, tua suntuosidade
Teu brilho, o resplendor do teu ouro
Tuas pedras, paredes de tijolos
O suor, o sangue do cafuzo, a força do crioulo
A escravidão nas minas e nos engenhos
A miséria nas encostas, nos morros
E vós, santos, envoltos em ametistas, diamantes
A sugar o sangue dos negros.