PACIÊNCIA

Paciência.

A disponibilidade do tempo requer de nós a paciência para entendermos que os nossos horários não são disponíveis a essa equação das horas que multiplicam os nossos afazeres e nos revelam um sentido anti-horário, quando mergulhamos nas nossas lembranças. Já as águas cristalinas, que iluminam as faces dos seixos, parecem sempre navegar por um sentido que nenhum fuso horário será capaz de tirar aquela sincronia das ondas tranquilas, verdadeira representação da paciência dos oceanos, que a cada alvorecer renascem aos olhos do horizonte. Este que aguarda todo o fim de tarde o pôr do sol para cortejá-lo.

O cortejo das células transforma pacientemente o caminho da puberdade para a maturidade.

O movimento de rotação e translação imperceptível aos olhos dos homens lentamente conclui o seu percurso sem esperar pelos nossos passos.

E, sem apressar os passos, um sentimento verdadeiro chega entrelaçado por um abraço forte e por um sentido que não estipula a hora ou um fuso horário para demonstrar a extensão do afeto, dentro da disponibilidadedo nosso tempo, que trafega na sincronia dos nossos sentimentos que renascem no nosso íntimo.

Algo natural feito as águas que renascem por entre as cascatas multiplicam as nossas observações diante da natureza e, com a paciência da nossa disponibilidade para a vida, compõem o nosso dia.