Percepção social do Brasil
Segundo o IPEA, no Atlas Social do Brasil de 2010, 5 mil famílias controlam 46% do PIB brasileiro. ( Apesar de não aparecer como um problema a ser enfrentado no Brasil, a nossa concentração de renda configura-se como uma das piores do mundo). Segundo o SIPS - Sistema de Indicadores de Percepção Social, também do IPEA, os principais problemas a serem enfrentados são, como os mais citados: Violência/Insegurança. É interessante notar que um problema social, como é o caso da violência urbana, é tratado e "resolvido" como algo de solução particular e individualista: câmeras de segurança, cercas elétricas. Logo após violência e insegurança aparecem saúde (quem pode opta pela privada); Corrupção (não entendendo-a, grande maioria da população, como algo estrutural/histórica da máquina estatal brasileira), desemprego ( que para a classe de rendas mais elevadas isso não aparace como um problema de ordem tão imediata como aparece para as classes de baixa renda); Educação ( quem pode opta pela particular), e lá por fim pobreza/fome. Tanto fome como pobreza são problemas que não aparecem como algo de imediato apelo de superação. Continuamos, em fato, um dos países mais injustos e cruéis do mundo. A distribuição de riqueza é algo que não é colocado em pauta. As nossas elites não, jamais aliás, aprovariam leis que fossem contra os seus privilégios ( no caso uma reforma tributária que taxaria grandes heranças e fortunas, bem como seria o caso de cobrar impostos de iate, lanchas e jatinhos). Até quando optaremos por administrar a pobreza e não dar, de fato, um fim nela? Até quando a nossas elites comandarão a máquina estatal, bem como os poderes ali presentes, como fica claro no judiciário? Enfim, o Brasil precisa de mudanças. Mas de mudanças drásticas que façam até com que a nossa elite bata o pé! Pois até agora, não aprovaram nenhuma lei que as contrariem.