Vencendo o medo

Certamente a vida seria bem melhor se as pessoas não pensassem tanto nas consequências de seus atos – é claro que não podemos agir sem pensar – mas de alguma forma, pensar demais traz a tona todos os seus medos, seja naquilo que pode dar errado em uma relação ou naquilo que pode dar errado com suas decisões no dia-a-dia.

Ter medo é uma coisa tão comum, nos torna mais humanos, é o nosso instinto de sobrevivência nos alertando contra o desconhecido, e isso é bom na maior parte do tempo, evita que você tome decisões arriscadas e pode até salvar sua própria vida. Mas e quando o medo interfere nas coisas boas da vida?

Precisamos todos os dias vencer nossos medos, nos tornarmos uma pessoa melhor, a cada dia uma luta diferente, cada dia uma vitória. Mas isso é utópico, não são todos que tem toda essa determinação e essa vontade de superar seus próprios medos. Muitos são vencidos por ele.

Poderíamos exemplificar facilmente casos simples da vida em que vencemos o medo, como por exemplo o primeiro beijo, ou andar de bicicleta pela primeira vez, é algo novo, perigoso, no início você não sabe exatamente como pedalar, as vezes você tomba, mas logo percebe que não é um bicho de sete cabeças e logo pega o jeito da coisa. Por que não encarar nossos medos da mesma forma que encaramos a bicicleta? Parece diferente, mas não é. São situações exatamente iguais e que necessitam da mesma força de vontade, o mesmo sentimento de querer dominar aquilo, de aprender. Confesso que é difícil comparar o aprendizado da bicicleta com um problema maior, mas como já disse, o medo é bom e nos evita situações bem ruins. No entanto, tudo em excesso é ruim, até o medo, e quando você acha que está se protegendo, na verdade você está apenas com medo do desconhecido.

E o desconhecido? Ah! Pode ser uma coisa muito boa, e quando você “desvendar o desconhecido” vai acabar se perguntando: Por que eu não fiz isso antes?