Cruel desapego

O tempo nem sempre nos conforta nos acolhe e nos acalma,quando perdemos algo que tanto nos fez feliz o tempo faz questão que sintamos cada pedacinho de dor e angustia na esperança de que sejamos mas forte,mas conforme ele passa a ficha vai caindo e toda a dor e tristeza se amenizam em nosso ser,de um modo que nem eu mesmo consigo entender,no final de tanta dor a única coisa que me resta é o desapego,o duro e difícil desapego o qual muitos não conseguem ceder,sempre que penso que não vai passar vejo que se eu me desapegar toda a angustia irá passar mas a vontade de não deixar de viver aquilo que se passou é sempre maior mas quando vejo que lágrimas gritam em meus olhos vejo que não há mas como viver o que se passou e que se eu me prender a você deixarei de viver e é nessa hora que tenho que ceder a um cruel desapego aquele que nunca dedicaria a você mas devido a sua cruel ingratidão,tive que recorrer a meus mais escuros instintos os quais nem mesmo eu sabia que teria de usar um dia,mas tantos sentimentos tristes ao mesmo tempo me proporcionam um abismo profundo e para que não me esconda em um poço sem fim prefiro ceder a um cruel desapego ,aquele que não me fará esquecer mas aliviara a dor de viver sem você e me dará a chance de viver um novo caminho sem sombras ou duvidas um caminho com novas espectativas onde só no meio do caminho saberei se realmente desapeguei de alguém que jamais me esquecerei.tantas duvidas e incertezas tantas escolhas que poderiamos ter feitos juntos mas o que me deixou apenas um desapego profundo.

Karolina Cavalliery
Enviado por Karolina Cavalliery em 25/02/2012
Reeditado em 25/02/2012
Código do texto: T3519836