"Caliente"

A uma pergunta minha, o recantista Juventino, em 24/02/2012 (13:32), explica-me: "'caliente' por aqui significa quente, uma distorção que fizemos, talvez pelo próprio desconhecimento. No meu imaginário - não sou culto - um estereótipo passa por algo latino e com sangue espanhol. Caliente, forte, passional. Penélope Cruz encarna perfeitamente o meu maior conceito de caliente. Um texto 'caliente' se traduziria por ter em seu interior pitadas de temperos apimentados, em geral vindo das moças que buscam por maridos e amantes ou admiradores ou por Don Juan, quando escrevem. São os textos que fazem mais sucesso. Quem é que gosta de uma reflexão crua, pura e desnuda e sem enfeites?"

Juventino faz reflexões cruas, nuas, mas sérias e profundas, de que gosto. Não obstante, tem razão... A gente, mesmo literária, gosta do "caliente", de imaginar "sexo" onde não se diz "sexo", mas é insinuado. E até gosta do sexo, assim dito "sexo", e palavras que ilustram os rasgos próprios da constituição e disposição e mesmo fisiologia femininas...

Ah, a mulher! Que sedutora costuma parecer mesmo a outras mulheres (Ainda que não por idênticos aspetos que arrastam a fantasia e movimentos espontâneos, e outros menos espontâneos, nos varões...)

Portanto, este é o motivo e fundamento por que eu afirmo que o deus não é varão, mas mulher, Deusa, una ou una e trina. (Desculpem os teólogos e aplaudam as teólogas. Obrigado!)