Nosso Vazio Interior
Quando nós mesmos não nos perdoamos, por que buscar o perdão de outras pessoas? Quando nós mesmos não nos amamos, por que buscar o amor de outras pessoas? Mas nós sempre nos importamos, buscamos a importância das pessoas, e no fim... nos decepcionamos! É horrível a sensação de desejarmos algo que está tão perto de nós, mas que é inalcançável. Sonhar não é o bastante. A ilusão é levada embora pelo vento.
Nós sempre queremos. Às vezes tentamos, às vezes fugimos, às vezes ignoramos. Mas nós sempre queremos. Coragem? Medo? Nem sempre estão no jogo, mais forte que isso é o amor, o receio não indica propriamente um medo. O receio é digno quando acompanhado de amor.
E quando passamos pelo auge da felicidade, e pelo auge da tristeza, o que nos resta? O vazio. O completo vazio. Os pensamentos começam a se dissipar. Os sonhos começam a se distorcer. Ora, os sonhos. Os sonhos, se sonhados, nem mais lembrados são. Claro que continuamos pensando, pensaremos sempre!
Já a dor, essa não se distorce, essa não se dissipa, essa não se transforma, não se ameniza, não se esquece, não se ignora, não vai embora. Ela fica. Ela aumenta, ela machuca. Não é uma dor visível, não é uma dor tocável. É apenas uma dor sentida. É isso... a dor fica, os pensamentos ficam, o amor, para todo o sempre, fica. Todo o resto cai no vazio. [...]