Queda
Algumas vezes eu pulo do alto da montanha
Porque preciso mergulhar no mais íntimo de mim.
Na essência das coisas que sou e que me cercam.
É uma queda que não cessa.
Sinto meu corpo obedecendo à gravidade
Caindo, caindo.
Caio em silêncio e tento observar todos os sentimentos.
Por vezes, sinto dor e choro.
Por vezes, o alívio vem.
Preciso das respostas.
Procuram-me em vão.
Dos que me cercam,
Alguns respeitam o meu silêncio, a minha introspecção.
Esses me entendem.
Outros, jogam-se no abismo junto com o meu ser
Na tentativa de me salvar,
Ainda que nada possam fazer além de
Dividir comigo o medo e a angustia.
Estes me amam.