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Normalmente eu começaria dizendo que o amo muito e que não viveria sem ele,

mas hoje, aqui e agora, já não sei se é o certo a se dizer. Sim, é claro que o amo, e que não quero viver sem ele. Mas não quero ser melodramática, acho isso nojento. Não vou dar suma importância pra alguém, tão igual a mim e com defeitos tão parecidos aos meus. Na verdade quero importância a mim. Cansa muito dar extrema importância ao ver, ao parecer dos outros, e ter zero de autoconfiança. Não quero mais ter medo de perdê-lo, quero agora passar medo. Não é frieza, nem coração duro, mas aprendi a me defender, sem magoar os outros, tirando os casos inevitáveis, mas ao todo minha meta não é essa. Creio fortemente que não vim para o mundo para destruir corações, esse não é meu objetivo e faria de tudo para isso eu não fazer mesmo que fosse. Eu quero ser feliz com ele pra sempre, mas não quero sofrer caso isso não aconteça, o meu medo não é de perder somente, e sim, principalmente, de sofrer. Quero ser feliz primeiro, pra depois ser feliz com ele, entende a minha linha de raciocínio? Quero estar bem comigo para depois, nos fazer bem, a mim e a ele.

Quem me vê falando assim acha que é raiva, ou que esse ele nasceu pra me fazer sofrer. Longe disso. Ele me faz muito feliz, sou realizada com o amor que ele me atribui, e é exatamente aqui que entra o meu “medo”. Difícil hoje em dia saber olhando no olhar de alguém a veracidade de suas palavras. Não é bom viver pensando muito nos detalhes de amanha, mas quem já sofreu por amor irá me entender bem. Todo ser vivo, por menor que seja, possui sua autodefesa e na maioria das vezes a usa, eu não quero ser diferente. O medo que sinto me ajuda a criar a minha defesa.